Segunda edição da Fenin Fashion no Expocentro Balneário Camboriú, a mostra para apresentar as coleções de moda outono/inverno se encerrou nesta quinta-feira com resultados positivos, apesar dos entraves causados pelos bloqueios nas estradas na semana anterior. Além de conquistar novos clientes, a feira é importante para os expositores avaliarem o que a concorrência está fazendo.
Com ocupação 60% maior que a edição anterior, de junho, e negócios encaminhados no valor de R$ 500 milhões, os objetivos da feira foram atingidos, disse o organizador do evento, o diretor da Expovest, Julio Viana. As vendas começaram na mostra e seguem depois.
Desta vez, a Fenin atraiu mais grupos catarinenses de moda, como o Elian e Rovitex. A meta é trazer ainda mais empresas de SC nas próximas edições, afirma o empresário. O Estado é um dos maiores polos criadores e produtores de moda do Brasil.
O empresário Francisco Andriel Caviglioli, gerente da unidade de negócios confecção do Grupo Elian, de Jaraguá do Sul, disse que a presença na feira visou valorizar o evento, vender mais e e também aproveitar para levar clientes para conhecer a fábrica.
A Elian mostrou na Fenin suas quatro marcas: duas infantojuvenis, a Elian e a Coloritá , e duas adultas, a Marialicia e a Maele (plus size). Segundo Andriei Caviglioli, filho do casal fundador da empresa, Eliete e Francisco, o grupo fecha este ano com faturamento 24% maior e projeta para 2023 crescimento de 15% a 20%.
Para atender a demanda maior, a Elian investiu em nova fábrica este ano, no município de Correia Pinto, região de Lages, onde emprega quase 100 costureiras. O grupo, que oferece 1.050 empregos diretos e soma 2.500 com indiretos, tem maior mercado no Sudeste do Brasil. Em segundo lugar está a região o Sul, informou o executivo.
Para o empresário Luiz Antonio, de São Paulo, a feira é uma oportunidade para expor novas coleções, receber clientes e, também, ver o que os concorrentes estão fazendo. Ele tem fábrica em Brusque, a Momentus, onde produz confecções das marcas Mormaii (de quem é parceiro), MMT, Domínio Urbano e Ultimato. Emprega em Santa Catarina 3 mil pessoas entre postos diretos e indiretos.
O empresário admite que os bloqueios atrapalharam a vinda de clientes na Fenin. No caso dele, 50% cancelaram. Apesar disso, está otimista porque tem projeção de vender 50% mais confecções de inverno em 2023 frente a 2022 porque o último inverno foi bom. Segundo ele, quem não conseguiu comprar na feira, faz contato com os representantes ou pelo site.
Entre as mais frustradas com o número limitado de clientes estava a Art Livre Modas, de São Paulo. Segundo a gestora de vendas Renata Lee, o objetivo da empresa na Fenin foi conquistar novos clientes para compras em “caixa fechada” com várias peças diversificadas. Isso porque a empresa quer ampliar vendas além das grandes varejistas, para as quais costuma vender 300 peças iguais.
A Art Livre Modas é uma marca paulistana que está no mercado há 28 anos. Trabalha com moda feminina em malha e prioriza desenvolvimento e produção no Brasil.
Esta foi a 52ª edição da Fenin Fashion, mostra de empresa do Rio Grande do Sul que acontece também em Gramado e já teve edições em São Paulo. A próxima mostra em Gramado será no final de janeiro de 2023, também para apresentar coleção Inverno.
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